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Paulo Jorge Pereira

"A Porta", de Magda Szabó


Uma das mais importantes autoras da literatura húngara, perseguida pelo regime comunista, mas que nunca se conformou, Magda Szabó é a protagonista de hoje com um excerto da obra "A Porta".



Tentaram silenciá-la, impediram-na de publicar durante dez anos, afastaram-na do seu trabalho, mas a coragem de Magda Szabó permitiu-lhe resistir a todas as perseguições do regime comunista húngaro: voltou a escrever e a ter sucesso, contrariando todas as violações de que foi alvo.

Magda Szabó nasceu em Debrecen, no dia 5 de outubro de 1917, e iria ter estudos superiores que lhe permitiram ser professora de húngaro e latim entre até 1949, passando pelas ocupações alemã e soviética do país. Pelo meio, em 1947, casou-se com o escritor Tibor Szobotka, que morreria em 1982. Publicou dois livros de poesia após a II Guerra Mundial ("Bárány" e "Vissza az Emberig") e foi distinguida com o Prémio Baumgartner em 1949, mas, no mesmo dia, o regime comunista declarou-a inimiga do Estado e não só lhe retirou o galardão como proibiu que publicasse durante dez anos. Além disso, afastou-a da sua profissão de professora e manteve-a sob vigilância até que, no final dos anos 50, o seu talento voltou a ganhar evidência. Magda Szabó teve, então, oportunidade de escrever e publicar uma série de romances que lhe proporcionaram várias distinções e um lugar de relevo na literatura da Hungria.

Tradutora, romancista, poeta, argumentista e autora de livros para os mais jovens, no seu trabalho literário estão "Freskó" e "Mondják meg Zsófikának" (1958); "Az őz" (1959); "Disznótor" (1960); "Pilátus" (1963); "Katalin utca" (1969); "Abigél" (1970) ou "Az ajtó", ou seja, "A Porta" (1987), de que hoje aqui se apresenta a leitura de um excerto e que foi adaptado ao cinema em 2012 com realização de István Szabó e Helen Mirren no principal papel.



Cavalo de Ferro/Tradução de Ernesto Rodrigues


No mesmo dia em que lhe foi atribuído o Prémio Baumgartner pela sua obra poética, o regime comunista húngaro declarou-a inimiga do Estado e retirou-lhe o galardão.

Cinco anos antes da adaptação ao grande ecrã da obra "A Porta", a escritora morreu a 19 de novembro de 2007.

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