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Paulo Jorge Pereira

Agostinho Costa Sousa lê "Civilizações", de Laurent Binet


Olhar para a política contemporânea em França é o que tem feito Laurent Binet, escritor e docente universitário que hoje aqui ganha espaço através da leitura de Agostinho Costa Sousa. A proposta é um excerto da obra "Civilizações".



Ser filho de dois professores com ligação ao Partido Comunista em França foi um fator determinante para que Laurent Binet decidisse que a sua escrita iria dedicar um olhar atento à realidade política contemporânea em França. Binet, nascido a 19 de julho de 1972, iria licenciar-se em Letras e Literaturas Modernas, tornando-se professor num liceu durante dez anos, mas sem perder de vista a ideia da dedicação à escrita.

"Forces et Faiblesses de nos Muqueuses" (2000) foi a aventura de estreia, seguindo-se "La Vie Professionnelle de Laurent B." (2004), o premiado "HHhH" (2010), um acrónimo para Himmlers Hirn heißt Heydrich, ou seja, "o cérebro de Himmler chama-se Heydrich", "Rien ne se Passe como Prévu" (2012, livro sobre a campanha de François Hollande para as presidenciais), "La Septième Fonction du Langage" (2015), este distinguido com o Grande Prémio de Romance da Academia Francesa, e "Civilizações" (2019), de que aqui se apresenta a leitura de um excerto.


Quetzal


A obra de Binet está traduzida para mais de três dezenas de idiomas.

Agostinho Costa Sousa reside em Espinho e socorre-se da frase de Antón Tchekhov: "A medicina é a minha mulher legítima, a literatura é ilegítima" para se apresentar. "A Arquitetura é a minha mulher legítima, a Leitura é uma das ilegítimas", refere. Estreou-se a ler por aqui a 9 de maio com "A Neve Caindo sobre os Cedros", de David Guterson, seguindo-se "As Cidades Invisíveis", de Italo Calvino, a 16 do mesmo mês, mas também leituras de obras de Manuel de Lima e Alexandra Lucas Coelho a 31 de maio. "Histórias para Uma Noite de Calmaria", de Tonino Guerra, foi a sua escolha no dia 4 de junho. No passado dia 25 de julho, a sua escolha recaiu em "Veneno e Sombra e Adeus", de Javier Marías, seguindo-se "Zadig ou o Destino", de Voltaire, a 28. O regresso processou-se a 6 de setembro, com "As Velas Ardem Até ao Fim", de Sándor Márai. Seguiram-se "Histórias de Cronópios e de Famas", de Julio Cortázar, no dia 8; "As Palavras Andantes", de Eduardo Galeano, a 11; "Um Copo de Cólera", de Raduan Nassar, a 14; e "Um Amor", de Sara Mesa, no dia 16. A 19 de setembro, a leitura escolhida foi "Ajudar a Estender Pontes", de Julio Cortázar. A 17 de outubro, a proposta centrou-se na poesia de José Carlos Barros com três poemas do livro "Penélope Escreve a Ulisses". Três dias mais tarde leu três poemas inseridos na obra "A Axila de Egon Schiele", de André Tecedeiro. A 29 do mês passado apresentou "Inquérito à Arquitetura Popular Angolana", de José Tolentino de Mendonça. De dia 1 é a leitura "Trieste", escrito pela croata Dasa Drndic.

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