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Paulo Jorge Pereira

Alexandra Jacob lê "Mulheres que Correm com os Lobos", de Clarissa Pinkola Estés

A proposta de leitura que Alexandra Jacob apresenta hoje recai sobre uma psicóloga que tem feito do trauma uma parte importante do seu trabalho. Neste caso, porém, é da dimensão literária da poeta Clarissa Pinkola Estés que se fala com um trecho da obra "Mulheres que Correm com os Lobos".



Psicanálise e poesia têm sido parte considerável da vida de Clarissa Pinkola Estés, assim como a atenção que dedica a histórias antigas e à defesa dos Direitos Humanos. No primeiro caso, está sobretudo ocupada com o desenvolvimento de trabalho na área do trauma: ao longo de quase cinco décadas tem contactado com sobreviventes ou familiares de quem combateu nas Grandes Guerras Mundiais, nos conflitos da Coreia e do Vietname, o mesmo se passando em relação a famílias de vítimas do atentado de 11 de setembro, do massacre em Columbine ou ainda de mães e pais que perderam filhos ou sobreviventes de catástrofes.

Nascida a 27 de janeiro de 1945, a futura psicóloga, poeta galardoada e jornalista nasceu e cresceu em ambientes pobres: filha de um casal de trabalhadores de origem mexicana (Cepción Ixtiz e Emilio Maria Reyés), as extremas dificuldades da família levaram a que, com apenas quatro anos, fosse entregue a outro casal, então os imigrantes húngaros Maruska Hornyak e Joszef Pinkola. A miséria manteve-se, mas nem essa condição impediu que Clarissa encontrasse forças para se licenciar na Universidade de Colorado Heights em 1976, nas áreas de Psicologia e Psicoterapia (doutorou-se ainda em Psicologia Étnico-Clínica no ano de 1981 e três anos mais tarde, na Suíça, tratou de conseguir uma pós-gradução, sempre com a especialidade nos estudos do trabalho de Carl Jung como fio condutor). Nove anos antes, porém, casara-se: da união resultaram três filhas que ficaram apenas a seu cargo desde o divórcio, registado em 1974. Ainda nesta década de 70 teve oportunidade de dar aulas de escrita criativa em prisões norte-americanas.

No domínio da clínica privada encontra-se em atividade há mais de 25 anos, tendo sido diretora executiva do C.G Jung Center for Research and Education nos EUA. Em 1989, a sua participação em programas de rádio na cidade de Denver levou-a a conquistar notoriedade e, além de ser convidada por diferentes editoras, gravou 11 volumes de trabalhos áudio publicados pela Sounds True. Em 1992 publicaria o livro que hoje aqui é apresentado por Alexandra Jacob e cujo título completo é "Mulheres que Correm com os Lobos: Mitos e Histórias do Arquétipo da Mulher Selvagem". Outros livros seus são "Libertem a Mulher Forte" e "A Dança das Mulheres Sábias".

Clarissa Pinkola Estés, entretanto casada numa segunda ocasião, é responsável pela C.P. Estés Guadalupe Foundation, aqui se empenhando ainda mais na proteção dos Direitos Humanos e da justiça social. As suas obras tiveram tradução em mais de 30 idiomas.

Pode saber mais sobre a vida e obra da autora aqui no seu site.


Rocco


Foi a partir da participação em programas radiofónicos na cidade de Denver, corria o ano de 1989, que Clarissa Pinkola Estés ganhou notoriedade e recebeu convites de editoras.

Alexandra Jacob teve participação regular aqui no blog, não apenas a ler alguns dos seus trabalhos, mas também com leituras de excertos de obras publicadas por diferentes autores. Estreou-se a 28 de julho de 2020 com a leitura de "Minha Mão-Flor", poema que está integrado na antologia de mulheres poetas "Elas, As Mãos, O Infinito", um projeto ligado ao movimento Mulherio das Letras, grupo com mais de sete mil escritoras, ilustradoras, editoras, livreiras, investigadoras, entre outras. Seguiram-se, por exemplo, "Desde Então", também publicado na referida antologia, e que Alexandra Jacob apresentou aqui a 3 de agosto. No dia 19 desse mês foi a vez do seu poema "O Lugar Onde o Peixe Pára", espécie de homenagem à Piracicaba natal. E outras leituras se lhes seguiram...


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