No regresso de Amílcar Mendes às leituras aqui no blog, "Poema do Gato", de António Gedeão, é a escolha de hoje.
Aqui apresenta-se "Poema do Gato", integrado no livro "Poesia Completa", de António Gedeão. Mas não faltam exemplos muito populares do seu trabalho. Manuel Freire imortalizou "Pedra Filosofal" (publicado na obra de estreia do poeta, "Movimento Perpétuo", em 1956) sob a forma de canção e, depois de Adriano Correia de Oliveira, também musicou "Lágrima de Preta" (poema incluído na obra "Máquina de Fogo", de 1961). Gedeão nasceu a 24 de novembro de 1906, foi professor, investigador, ajudou a divulgar a ciência e só já tarde na idade escreveria. Muito. E não apenas poesia, pela qual se tornou mais conhecido, mas também ensaios, teatro e ficção. A sua obra poética vive de uma sensibilidade marcante, da sonoridade simples e delicada dos seus versos, de um raro sentido de atratividade. Morreu aos 90 anos, a 19 de fevereiro de 1997.
"Talvez fosse excesso de modéstia ou falta de compreensão de mim próprio", comentou o poeta à RTP sobre as razões que o levaram a estrear-se na publicação apenas aos 50 anos.
António Gedeão já foi alvo de atenção aqui no blog a 17 de abril do ano passado quando o escritor Joel Neto leu "Aurora Boreal". Mais tarde, a 24 de julho, os estudantes Tomás Vilela (título de abertura/narrador), Manuel Ruiz, Mafalda Silva, Filipa Sousa, Renato Pereira, Madalena Matias, Maria Clara Bernardino e Rita Cruz, integrantes da Oficina de Teatro, interpretaram o poema "Lágrima de Preta".
Sá da Costa
Rómulo Vasco da Gama de Carvalho era o nome do professor de Físico-Química que se tornou num dos poetas populares mais conhecidos em Portugal como António Gedeão.
Amílcar Mendes, ator e "dizedor de poesia", que também foi coordenador das noites de Poesia do Pinguim Café e do Púcaros Bar, no Porto, deixa-nos uma leitura diferente. A sua estreia aqui no blog registou-se a 5 de junho com um excerto de "Gin sem Tónica, mas Também", de Mário-Henrique Leiria. Mais recente, do passado dia 3, é a leitura de "Poemas de Ponta & Mola", de Mendes de Carvalho.
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