top of page
Search
Paulo Jorge Pereira

Armando Liguori Junior lê "Samadhi", de Leila Guenther

Aqui se recupera o momento em que o poema "Samadhi", integrado na obra "Viagem a Um Deserto Interior", de Leila Guenther, foi a proposta de leitura apresentada por Armando Liguori Junior.



Natural de Blumenau, no Estado de Santa Catarina, onde nasceu em 1976, Leila Guenther tem formação na área de Letras pela Universidade de São Paulo. A estreia literária registou-se em 2006 com o livro de contos intitulado "O Voo Noturno das Galinhas", seguindo-se nova incursão no universo dos contos em 2011: "Este Lado para Cima" foi o título então publicado.

O livro "Viagem a Um Deserto Interior" (2015), em que se insere o poema "Samadhi", aqui declamado por Armando Liguori Junior, foi a primeira intervenção da escritora na poesia. E ganhou tal evidência que foi mesmo um dos finalistas do Prémio Jabuti. "Partes Homólogas" é de 2019.

Em entrevista ao blog da Ateliê Editorial, a autora traçou uma espécie de resumo sobre "Viagem a Um Deserto Interior": "É um livro de poemas e haicais dividido em cinco partes: 'Paisagens de Dentro'; 'O Deserto Alheio'; 'Castelo de Areia'; 'Um Jardim de Pedra' e 'A Possibilidade do Oásis'. Tais partes relacionam, respetivamente, drama interior e solidão; o Outro, lugares estranhos/estrangeiros e o desejo de fuga para regiões distantes; observação minuciosa do ambiente doméstico; o ambiente urbano, a natureza e o caminho do zen-budismo; e, com alguma ironia, a lembrança do amor e o desejo de libertação", explicou.

Mas não se fica por estes livros a sua atividade: de acordo com o perfil no seu blog, chamado Na Linha da Vida, tem registado participações em diferentes coletâneas. "Quartas Histórias: contos baseados em narrativas de Guimarães Rosa"; "Capitu Mandou Flores: Contos para Machado de Assis nos Cem Anos de sua Morte"; "50 versões de Amor e Prazer: 50 Contos Eróticos por 13 Autoras Brasileiras"; "Cusco, Espejo de Cosmografías: Antología de Relato Iberoamericano"; "Outras Ruminações: 75 Poetas e a Poesia de Donizete Galvão"; "70 Poemas para Adorno"; "Grenzenlos"; "69: Antología de Microrrelatos Eróticos"; "Blasfêmeas: Mulheres de Palavra"; "Transpassar: Poética do Movimento pelas Ruas de São Paulo"; "Um Girassol nos teus Cabelos: Poemas para Marielle Franco" e "Sobre Poesia, Ainda".

Além disso, é responsável por "edições comentadas de obras da literatura brasileira e portuguesa". E estende o seu trabalho às artes dramáticas com a adaptação da peça "A Dama do Mar", de Susan Sontag, "baseada em Ibsen", tendo ainda traduzido "A Velha", "adaptação de Darryl Pinckney para uma novela de Daniil Kharms".

E, quando questionada, na já citada entrevista ao blog da editora, sobre as inspirações para ser poeta, Leila Guenther foi taxativa: "Não me vejo como 'poeta'. Não me vejo sequer como escritora. Nem todo o mundo que cuida de doente é enfermeiro. Sou, antes, uma leitora. Uma amadora, no bom e no mau sentido. E, como gosto de observar e de aprender, tudo me serve de inspiração."   


Ateliê Editorial/Ilustrações de Paulo Sayeg


"Há livros em que tudo parece acontecer, mas nada muda. Há livros em que tudo muda e nada parece acontecer. Este livro pertence evidentemente à segunda categoria", escreve Alexandra Lucas Coelho no prefácio da obra "O Voo Noturno das Galinhas", editado em Portugal.

Armando Liguori Junior, ator e jornalista de formação, publicou, há pouco tempo, "Eu Poderia Esstar Matando", mas tem outros livros publicados: três de poemas ("A Poesia Está em Tudo" – Editora Patuá 2020; "Territórios" – Editora Scortecci 2009; o recente "Ser Leve Leva Tempo", que já aqui apresentou; e um de dramaturgia: "Textos Curtos para Teatro e Cinema (2017) – Giostri Editora). Atualmente mantém um canal no YouTube (Armando Liguori), dedicado a leituras literárias, especialmente de poesia. Estreou-se nas leituras aqui para o blog com "Se te Queres Matar Porque Não te Queres Matar?", de Álvaro de Campos, a 15 de julho de 2020, seguindo-se "Continuidades", de Walt Whitman, a 7 de agosto e "Matteo Perdeu o Emprego", de Gonçalo M. Tavares, a 11 de setembro, várias leituras do meu "Murro no Estômago" (a 16 de outubro de 2020 e a 5 de setembro de 2021). Em 2021, a 12 de fevereiro, apresentou "Pelo Retrovisor", de Mário Baggio, seguindo-se "A Gaivota", de Anton Tchekhov, a 27 de março, Dia Mundial do Teatro; "A Máquina de Fazer Espanhóis", de Valter Hugo Mãe, a 5 de maio, Dia Mundial da Língua Portuguesa; e, a 10 de junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, com leituras de "Cheira Bem, Cheira a Lisboa", de César de Oliveira, e um trecho de "Viagem", de Miguel Torga. A 26 de outubro surgiu "O Medo", de Carlos Drummond de Andrade, e Niels Hav com "Em Defesa dos Poetas" foi o passo seguinte, a 28. Antes de hoje, Armando Liguori Junior apresentara "Algo Está em Movimento", de Affonso Romano de Sant'Anna, a 30 de outubro de 2021. A 2 de março de 2022 leu "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", de Jorge Amado, e no dia 6 apresentou "A Máquina", de Adriana Falcão. "As Coisas", de Arnaldo Antunes, foi a proposta de 13 de março.

A 5 de maio, Dia Mundial da Língua Portuguesa, leu "Ser Leve Leva Tempo". A 13, Armando Liguori Junior deixou outro exemplo de talento ao ler "Pássaro Triste", do seu livro "Toda Saída É de Emergência". No dia 19, Cecília Meireles e o poema "Escolha o seu Sonho" foram as propostas. Seguiu-se um excerto de "Macunaíma", de Mário de Andrade, a 27 de maio. De 3 de junho é a proposta de leitura de "Sapatos", de Rubem Fonseca. A 4 de novembro leu "Samadhi", de Leila Guenther. De dia 24 é "Carta a Meus Filhos sobre os Fuzilamentos de Goya", de Jorge de Sena. "O Gato e o Pássaro", de Jacques Prévert", foi a leitura de 29 de novembro.

A 13 de janeiro trouxe um poema de Cristina Peri Rossi. A 5 de maio, no Especial sobre o Dia Mundial da Língua Portuguesa, aqui voltou o seu "Ser Leve Leva Tempo". A 18 de maio voltou "O Medo", de Carlos Drummond de Andrade. No dia 5 de junho apresentou "O Poeta Fernando", inserido no seu novo livro intitulado "Eu Poderia Estar Matando". A 15 de junho regressou "Algo Está em Movimento", de Affonso Romano de Sant'Anna. A 19 de junho leu "O Último Poema do Último Príncipe", de Matilde Campilho. A 28 de agosto voltou "O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá", de Jorge Amado. De 9 de novembro é a leitura do meu terceiro livro, "Filho da PIDE". "Diluição", de Joana M. Lopes, foi lido a 29 de novembro. Voltou a 5 de dezembro com "Escolha o seu Sonho", de Cecília Meireles. A 28 de dezembro leu "Os Invisíveis", de José Henrique Calazans.

31 views0 comments

Recent Posts

See All

Comments


bottom of page