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Paulo Jorge Pereira

"As Memórias do Livro", de Geraldine Brooks

Vencedora do Pulitzer em 2006 para o seu romance intitulado "March", um excerto da obra "As Memórias do Livro", escrito pela jornalista Geraldine Brooks, é a proposta de leitura para hoje.



Nascida na Austrália, a 14 de setembro de 1955, filha de um cantor norte-americano que depois se dedicou aos jornais (Lawrie) e de uma relações públicas na rádio (Gloria), Geraldine Brooks viveu e estudou na zona ocidental da cidade de Sydney, passando pelo Bethlehem College Ashfield e pela Universidade local. Seguiria o caminho do Jornalismo, tornando-se repórter do Sydney Morning Herald, onde trabalhou durante três anos dedicada a temáticas ambientais. Com um espírito irrequieto e muito atraída pela possibilidade de viajar, Brooks ambicionou mais do que passar o seu tempo limitada a solo australiano e, em 1982, ganhou uma bolsa para um mestrado na Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Foi o passo determinante para que todo o seu universo profissional e pessoal se alterasse, uma vez que acabou por ficar nos EUA, trabalhou para o Wall Street Journal e conheceu Tony Horwitz, também jornalista e escritor, com quem se casou em 1984 (têm dois filhos, Nathaniel e Bizuayehu). Acompanhou os mais variados acontecimentos e conflitos em diferentes pontos do globo - do Médio Oriente aos Balcãs sem esquecer o continente africano. Pela cobertura que fizeram da Guerra do Golfo em 1990, Geraldine e Tony receberam o Prémio Overseas Press Club. Ao longo do tempo foram recebendo elogios e menções honrosas pela excelência do seu trabalho, acabando Geraldine por se tornar docente no Radcliffe Institute for Advanced Studies da Universidade de Harvard.

A estreia no mundo da ficção foi coroada de sucesso com o livro "Year of Wonders" (2001), traduzido para mais de duas dezenas de idiomas. "As Memórias do Livro" ("People of the Book", no original, publicado em 2008 e de que aqui se apresenta um trecho) e "Caleb's Crossing" (2011), também registaram vendas elevadas, tal como "Secret Chord" (2015). No domínio da não-ficção, Brooks publicou "Nine Parts of Desire" (1994), "Foreign Correspondence" (1997) e "The Idea of Home" (2011). Mas vem de 2006 o seu momento de maior visibilidade ao transformar-se na primeira australiana a receber o Prémio Pulitzer, neste caso pelo romance "March" (2005), embora todo o seu trabalho seja multipremiado.


Casa das Letras/Tradução de Ângelo dos Santos Pereira



Embora vivam em Martha's Vineyard, no Massachusetts, a escritora e a família sempre procuraram passar o tempo que pudessem na Austrália.

Geraldine Brooks ficou viúva em 2019. Para quem quiser descobrir mais sobre a vida e o trabalho da jornalista/escritora, que tem vários artigos publicados na revista New Yorker e no jornal Washington Post, pode consultar aqui o seu site oficial.


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