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Paulo Jorge Pereira

Especial Feira do Livro: Inês Henriques lê "Na América, Disse Jonathan", de Gonçalo M. Tavares

A obra de Gonçalo M. Tavares regressa aqui ao blog e, desta vez, a proposta é uma leitura de parte do livro "Na América, Disse Jonathan", pela voz de Inês Henriques.



É um dos nomes mais elogiados da nova geração de autores portugueses e a sua obra tem conquistado leitores um pouco por todo o mundo, além de recolher inúmeros galardões. Nascido na cidade de Luanda, em Angola, no mês de agosto de 1970, Gonçalo Manuel de Albuquerque Tavares iria tornar-se professor universitário e dedicar-se à escrita a partir de 2001. O seu trabalho espraia-se por diferentes géneros - do romance à poesia, passando pelo teatro e pelo ensaio -, recebendo influências de nomes como Wittgenstein, Hannah Arendt, Deleuze, Barthelmy, Llansol, Steiner, entre outros.

Com dezenas de livros publicados, incluindo a Série O Bairro (com títulos como "O Senhor Valéry", "O Senhor Kraus" ou "O Senhor Swedenborg", entre 2002 e 2010), os Livros Pretos, a coleção das Breves Notas, livros de contos como "Matteo Perdeu o Emprego", teatro com "A Colher de Samuel Beckett", investigações ou a variedade que se encontra em "Biblioteca", "Uma Viagem à Índia", "Uma Menina Está Perdida no seu Século à Procura do Pai", "Os Velhos Também Querem Viver", "O Torcicologologista, Excelência", "A Mulher-sem-Cabeça e o Homem-do-Mau-Olhado", "Cinco Meninos, Cinco Ratos", "Na América, Disse Jonathan", de que hoje aqui se apresenta um trecho, ou "Bucareste-Budapeste: Budapeste-Bucareste", a obra de Gonçalo M. Tavares é multifacetada e tem propostas para todos os gostos.

Entre os galardões que vem recebendo desde os primeiros passos estão o Prémio Revelação de Poesia APE/IPLB (1999); Prémio Branquinho da Fonseca Expresso/Gulbenkian (2001); Prémio Literário José Saramago (2005); Prémio Portugal Telecom de Literatura (2007); Prémio LER/Millennium BCP; Prémio do Melhor Livro Estrangeiro publicado em França (2010); Grande Prémio de Romance e Novela APE/DGLB (2010); Prémio Fernando Namora (2011); Prémio Autores de 2011 e o Prémio Vergílio Ferreira (2018). Foi ainda distinguido com a comenda de Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique pela Presidência da República.

Da sua intensa atividade literária constam participações em clubes de leitura, a gestão do seu site, mas também do respetivo blog.

O trabalho literário de Gonçalo M. Tavares já foi aqui abordado, por exemplo, a 11 de setembro quando Armando Liguori Junior leu um excerto da obra "Matteo Perdeu o Emprego". Mas também Inês Henriques já apresentara um trecho de um livro do autor, neste caso a 23 de janeiro, usando "O Torcicologogista, Excelência".


Relógio d'Água


Entre os diversos galardões acumulados por Gonçalo M. Tavares encontra-se o Prémio José Saramago, conquistado na edição de 2005.

A paixão e o carinho pelos livros têm acompanhado a vida de Inês Henriques. Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas (Estudos Portugueses e Franceses), escolheu o Jornalismo como profissão e o Desporto como área de atuação. Realizado o curso profissional no CENJOR, foi estagiária na Agência Lusa, à qual voltaria mais tarde, e trabalhou no jornal A Bola antes de entrar na redação do Portal Sapo. Neste contexto, a proximidade do desporto adaptado levou-a a escrever "Trazer o Ouro ao Peito - a fantástica história dos atletas paralímpicos portugueses", publicado em 2016. Agora, apesar de já não estar no universo profissional do Jornalismo, continua atenta a essa realidade ao mesmo tempo que tem sempre um livro para ler. E vários autores perto do coração.Inês Henriques tem presença regular e já está na casa das dezenas em participações aqui no blog. Estreou-se a 27 de abril com "Perto do Coração Selvagem", de Clarice Lispector; voltou a 10 de maio e leu um excerto de "A Disciplina do Amor", de Lygia Fagundes Telles; no último dia de maio apresentou parte de "351 Tisanas", obra de Ana Hatherly; a 28 de junho, propôs literatura de cordel, com um trecho do livro "Clarisvânia, a Aluna que Sabia Demais", escrito por Luís Emanuel Cavalcanti; a 22 de agosto apresentou um excerto da obra "Contos de Amor, Loucura e Morte", escrita por Horacio Quiroga; a 15 de setembro leu um trecho de "Em Açúcar de Melancia", de Richard Brautigan; a 18 de novembro voltou com "Saudades de Nova Iorque", de Pedro Paixão, e na quinta-feira, 10 de dezembro, prestou a sua homenagem a Clarice Lispector no dia em que a escritora faria 100 anos, lendo um conto do livro "Felicidade Clandestina". Três dias mais tarde apresentava "Os Sete Loucos", de Roberto Arlt. A 3 de janeiro leu um trecho de "Platero e Eu", de Juan Ramón Jiménez. No dia 8 foi a vez de ter o seu livro em destaque por aqui, quando li um excerto de "Trazer o Ouro ao Peito". A 23, a Inês voltou e leu um trecho do livro "O Torcicologologista, Excelência", de Gonçalo M. Tavares e no dia 1 de fevereiro foi uma das participantes no Especial dedicado ao Dia Mundial da Leitura em Voz Alta com "Papéis Inesperados", de Julio Cortázar. A 13 de fevereiro apresentou um excerto do livro "Girl, Woman, Other", de Bernardine Evaristo, participando a 8 de março no Especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher com a leitura de um trecho do livro "A Ilha de Circe", de Natália Correia. A 5 de maio participou, com Armando Liguori Junior, no Especial dedicado ao Dia Mundial da Língua Portuguesa. No dia 22 de maio, ao lado de Raquel Laranjeira Pais e Rui Guedes, contribuiu para o Especial dedicado ao Dia do Autor Português. A 1 de junho interveio no Especial do Dia Mundial da Criança com "Ulisses", de Maria Alberta Menéres. No passado dia 7 de agosto, Inês Henriques leu um pouco da obra de estreia de Duarte Baião, "Crónicas do Desassossego". Chico Buarque e "Essa Gente" estiveram na sua leitura a 17 deste mês e, no dia 20, foi a vez de um pedaço do livro "À Noite Logo se Vê", de Mário Zambujal.



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