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Paulo Jorge Pereira

Fernanda Silva e "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio", de Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo

Regressa uma proposta de leitura já apresentada por Fernanda Silva: em causa está uma parceria entre Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo para a escrita do livro "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio".



Contos, romances, teatro, crónicas, livro infantil, poesia: nascido a 22 de maio de 1971 no Porto, Manuel Jorge Marmelo tem dedicado a sua escrita a diferentes géneros literários, produzindo uma obra variada que teve início há mais de duas dezenas de anos. Em 1996, "O Homem que Julgou Morrer de Amor/O Caso Virtual" inaugurou o seu percurso de autor, numa altura em que trabalhava como jornalista. "Portugués, guapo y matador" foi o primeiro romance e publicou-o no ano seguinte. A partir daí, novos livros foram surgindo uma vez por ano: "Nome de Tango" (1998), "As Mulheres Deviam Vir com Livro de Instruções" (1999), "O Amor é para os Parvos" (2000) e "Sertão Dourado" (2001) foram os romances seguintes. Depois vieram crónicas ("Paixões & Embirrações", de 2002), contos e fotos ("Oito Cidades e Uma Carta de Amor", 2003) e literatura infantil ("A Menina Gigante", também de 2003). De 2004 é o regresso ao romance com "Os Fantasmas de Pessoa" e ainda o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco atribuído a "O Silêncio de um Homem Só".

Com a poeta Ana Paula Tavares escreve, em 2005, "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio", de que aqui se apresenta uma passagem, e, com Jorge Afonso Marmelo, volta aos livros infantis: "O Peixe Baltazar". Até 2014, irá publicar mais livros: "O Porto: Orgulho e Ressentimento" (2006), "Aonde o Vento me Levar", "Zé do Saco, o Contrabandista" e "O Profundo Silêncio das Manhãs de Domingo" (todos de 2007), "A Cabra Emigrante", a adaptação para os mais jovens de "Uma Família Inglesa", de Júlio Dinis, e "As Sereias do Mindelo" (todos em 2008), "Uma Mentira Mil Vezes Repetida" (2011) - distinguido com o Grande Prémio Literário Casino da Póvoa/Correntes d'Escritas em 2014 -, "Somos Todos um Bocado Ciganos" (2012), "Zero à Esquerda" (2013), "O Tempo Morto é um Bom Lugar" e "A Guerra Nunca Acaba", ambos de 2014. Mais recentes são o primeiro trabalho de poesia, "Infância é a Vida Toda", com ilustração de João Carqueijeiro, "Verbetes para um Dicionário Afetivo" (escrito com Ana Paula Tavares, Ondjaki e Paulinho Assunção), "Macaco Infinito", "Tropel" e "A Última Curva do Caminho".

Podem ler textos mais recentes do autor aqui no seu blog.

O trabalho literário de Manuel Jorge Marmelo já aqui marcou presença a 8 de junho de 2020 quando Fernanda Silva apresentou um trecho do livro "Uma Mentira Mil Vezes Repetida". A 11 de maio de 2021 foi a vez de Elisabete Jesus ler uma passagem de "Tropel". A 22 de maio do ano passado, Fernanda Silva apresentou um trecho da obra "A Última Curva do Caminho", lançado em fevereiro no Correntes d'Escritas.

Quanto a Ana Paula Tavares, nascida no Lubango (norte de Angola) em 1952, começou por ter formação em História, licenciatura que finalizou em Lisboa (1992), depois de ter pertencido ao Conselho Nacional de Cultura no seu país de origem. Com mestrado em Literaturas Africanas e doutoramento na área da Antropolgia na Universidade Nova de Lisboa, dedicou-se não apenas às suas temáticas, mas também à escrita, designadamente à poesia, apostando num caminho de apoio às causas da defesa da mulher.

Professora na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, entre a obra publicada está, por exemplo, a parceria com Catarina Madeira Santos para "Africae Monumenta: o Arquivo de Caculo Cacahenda" (2002). Contos, romances e poesia também integram a sua ementa de criadora: "Ritos de Passagem" (1985), "O Lago da Lua" (1999), "A cabeça de Salomé" (2004) ou "Manual para Amantes Desesperados" (2007).


Caminho


A parceria na escrita entre Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo valeu, em 2005, o livro "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio".

Fernanda Silva tem participação regular aqui no blog. Tudo começou com "O Universo num Grão de Areia", de Mia Couto, a 28 de abril de 2020, seguindo-se "A Vida Sonhada das Boas Esposas", de Possidónio Cachapa (11 de maio), "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo (8 de junho), "Bom Dia, Camaradas", de Ondjaki (27 de junho), "Quem me Dera Ser Onda", de Manuel Rui (5 de julho), e "O Sol e o Menino dos Pés Frios" (16 de julho), de Matilde Rosa Araújo. No dia 8 de outubro voltou com "O Tecido de Outono", de António Alçada Baptista e, a 27, leu "Histórias que me Contaste Tu", de Manuel António Pina, seguindo-se "Imagias", de Ana Luísa Amaral, a 12 de novembro, e "Os Memoráveis", de Lídia Jorge, apresentado no dia 16. A 23 de novembro, Fernanda Silva leu um trecho do livro "Do Grande e do Pequeno Amor", de Inês Pedrosa e Jorge Colombo. A 5 de dezembro apresentou "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen e a 28 do mesmo mês fez a última leitura de 2020: "Na Passagem de um Ano", de José Carlos Ary dos Santos. A 10 de janeiro apresentou a sua primeira leitura de 2021 com "Cicatrizes de Mulher", de Sofia Branco, no dia 31 desse mês leu um trecho de "Mar me Quer", escrito por Mia Couto, e a 14 de fevereiro apresentou "Rodopio", de Mário Zambujal. A 28 de fevereiro foi a vez de ler um trecho do livro "A Instalação do Medo", de Rui Zink. A 8 de março, foi possível "ouvê-la" no Especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher, lendo um excerto da história "As Facas de Nima", escrito por Sofia Branco e parte do livro "52 Histórias". A 13 de março apresentou "Abraço", de José Luís Peixoto. No dia 24, foi a vez de ler "Cadernos de Lanzarote", de José Saramago. A 27, a sua leitura de um excerto da obra "O Marinheiro", de Fernando Pessoa, integrou o Especial dedicado ao Dia Mundial do Teatro. A 28 de março leu um pouco do livro "Uma Viagem no Verde", de José Jorge Letria.

Voltou a 10 de abril com a leitura de um trecho do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco, que hoje aqui já se recuperou. E, no feriado da Revolução dos Cravos, leu um pouco da obra "A Revolução das Letras", de Vergílio Alberto Vieira. No dia 29 de abril trouxe-nos de volta o trabalho literário de José Carlos Ary dos Santos e leu o poema "Mulher de Maio". A 14 de maio trouxe "A Desumanização", de Valter Hugo Mãe, que hoje aqui regressa. No dia 23 deixou um pouco do livro "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", de Teolinda Gersão. A 28 de maio apresentou "Nunca Outros Olhos seus Olhos Viram", de Ivo Machado. "Crónica de uma Travessia", de Luís Cardoso, foi o excerto apresentado a 3 de junho. "100 Histórias do meu Crescer", escrito por Alexandre Honrado, foi a escolha do dia 15. A 20 de junho, a proposta recaiu sobre uma parceria entre Manuel Jorge Marmelo e Ana Paula Tavares para o livro "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio". "Mulheres da Minha Alma", de Isabel Allende, a 15 de outubro, foi outra das leituras de Fernanda Silva aqui no blog. A 12 de novembro, leu um pouco da obra "Lôá Perdida no Paraíso", de Dulce Maria Cardoso. De 10 de dezembro é "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner, que já aqui regressou.

Mia Couto e "O Caçador de Elefantes Invisíveis" surgiram a 7 de fevereiro de 2022 e voltam hoje. A 12 de março, a escolha de leitura de Fernanda Silva recaiu em "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre. No dia 31 registou-se o regresso da obra "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen. A 3 de maio, a proposta de Fernanda Silva recaiu sobre "Afastar-se", de Luísa Costa Gomes. No dia 22, Manuel Jorge Marmelo e "A Última Curva do Caminho" foram objeto da sua atenção. A 22 de junho, "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe, foi a proposta. A 6 de agosto aqui se recuperou a sua leitura de "Imagias", de Ana Luísa Amaral, que hoje regressa. No dia 20 foi o momento de reviver a proposta de "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo. E a 26 voltou "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre, assinalando a sua sessão de autógrafos na Feira do Livro do Porto. Hoje regressa como homenagem ao jornalista no Dia Mundial da Rádio.

A 31 de agosto regressou a sua leitura do trabalho literário de Ana Luísa Amaral. De 8 de setembro é a leitura de um excerto de "Lôá Perdida no Paraíso", de Dulce Maria Cardoso. "Cadernos de Lanzarote", de José Saramago, ressurgiu no dia 30. A 4 de outubro voltou Teolinda Gersão e a leitura de um trecho da obra "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo". No dia 12, o regresso coube a uma obra de Lídia Jorge intitulada "Os Memoráveis". A 26 voltou "Afastar-se", de Luísa Costa Gomes. "O Sol e o Menino dos Pés Frios", de Matilde Rosa Araújo, regressou a 17 de novembro. De 4 de dezembro é a releitura de um pouco da obra "A Instalação do Medo", de Rui Zink. No dia 15 recuperei "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio", colaboração entre Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo. No dia 21 apresentou "O Suave Milagre", de Eça de Queiroz, inserido no livro "As Mais Belas Histórias de Natal". "100 Histórias do meu Crescer", de Alexandre Honrado, voltou no dia de Natal. A 18 de janeiro voltou a sua leitura da obra "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco. "O Caçador de Elefantes Invisíveis", de Mia Couto, foi a proposta que regressou a 29 de janeiro.

"O Crime do Padre Amaro", de Eça de Queiroz, foi a proposta de 6 de fevereiro. Uma semana mais tarde, no Dia Mundial da Rádio, voltou "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre. A 24 de fevereiro trouxe "Pensageiro Frequente", de Mia Couto.

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