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Paulo Jorge Pereira

Fernanda Silva lê "Do Grande e do Pequeno Amor", de Inês Pedrosa e Jorge Colombo

Com longo percurso no Jornalismo e na Literatura, além de prémios diversificados, Inês Pedrosa e o seu livro "Do Grande e do Pequeno Amor", com fotografias de Jorge Colombo, é a leitura proposta hoje por Fernanda Silva.




Inês Margarida Pereira Pedrosa nasceu em Coimbra a 15 de agosto de 1962. O fascínio pela escrita permitiu-lhe publicar pela primeira vez um texto quando tinha apenas 12 anos na revista Crónica Feminina. Licenciada em Comunicação Social pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, começou a trabalhar como jornalista em O Jornal (1982), mas logo de seguida mudou para o Jornal de Letras, Artes e Ideias. Em 1988 estava ao lado de Miguel Esteves Cardoso e Paulo Portas na equipa fundadora do semanário O Independente (a década de 80 ficaria assinalada na sua história pessoal com diversos galardões no universo jornalístico). Três anos mais tarde publicava um livro para público mais jovem, com ilustrações de Jorge Colombo, cujo título é "Mais Ninguém Tem" e o romance de estreia, "A Instrução dos Amantes", é de 1992. Diretora da revista Marie Claire em Portugal (1993 a 1996), ganharia o Prémio Máxima de Literatura com o livro "Nas Tuas Mãos" (1997), proeza que repetiu com "Os Íntimos" (2010). A partir de 1999 e com âmbito variado foi publicando diversas obras de Não Ficção.

Entretanto, passou pela revista LER e pelo Expresso, publicou o grande sucesso de vendas "Fazes-me Falta" (2002), voltando nesse mesmo ano ao universo infantil num livro com ilustrações de Júlio Pomar: "A Menina que Roubava Gargalhadas". De 2003 é o livro de contos "Fica Comigo Esta Noite", no ano seguinte regressou às histórias infantis com "O Milagre do Cão Azul", ilustrado por Danuta Wojciechowska. "Carta a Uma Amiga" (2005) tem fotos de Maria Irene Crespo e "Do Grande e do Pequeno Amor", com fotos de Jorge Colombo, de que se apresenta aqui um excerto, foi publicado em 2006. Um ano antes de assumir a direção da Casa Fernando Pessoa apresentou, em 2007, "A Eternidade e o Desejo". Deixaria a crónica que publicava no semanário Expresso em 2011, no ano seguinte à publicação do livro "Os Íntimos". Seguiu-se "Dentro de Ti Ver o Mar" (2012) e, em 2014, a sua saída da Casa Fernando Pessoa. Publicou "Desamparo" em 2015 e, no ano seguinte, ilustrado por Gilson Lopes, surgiu o livro de contos intitulado "Desnorte". Em dezembro de 2016 foi processada pelo Ministério Público sob a acusação de abuso de poder na Casa Fernando Pessoa, recebendo público apoio de dezenas de intelectuais sob a forma de uma carta aberta como demonstração de solidariedade. Seis meses mais tarde, o caso foi arquivado com a conclusão de que não existira crime. A editora Sibila Publicações é uma criação sua de 2017 e de 2019 é o romance "O Processo Violeta".

Com atividade política sempre próxima do PS e intervenção pública em causas como a liberalização do aborto e o casamento entre pessoas do mesmo sexo, Inês Pedrosa é também presença habitual em programas de rádio e televisão dedicados ao debate.

O Último Apaga a Luz, na RTP3, e o programa semanal de debate sobre literatura A Páginas Tantas, na Antena 1, são apenas exemplos. Também na Antena 1 criou o programa semanal sobre questões de género, sob a designação de Um Homem, Uma Mulher.

Quanto a Jorge Colombo, nascido em Lisboa no ano de 1963, mudou-se para os Estados Unidos em 1989, passando por diferentes cidades e aqui desenvolvendo o seu trabalho artístico como ilustrador, fotógrafo e designer gráfico. Para saber mais sobre Jorge Colombo e o seu trabalho podem consultar a sua página na Internet.


Editora D. Quixote


A obra literária de Inês Pedrosa está publicada em diversos países, do Brasil à Croácia, passando por Estados Unidos, Alemanha, Espanha, França ou Itália.

Fernanda Silva tem participação regular aqui no blog. Tudo começou com "O Universo num Grão de Areia", de Mia Couto, a 28 de abril, seguindo-se "A Vida Sonhada das Boas Esposas", de Possidónio Cachapa (11 de maio), "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo (8 de junho), "Bom Dia, Camaradas", de Ondjaki (27 de junho), "Quem me Dera Ser Onda", de Manuel Rui (5 de julho), e "O Sol e o Menino dos Pés Frios" (16 de julho), de Matilde Rosa Araújo. No passado dia 8 de outubro voltou com "O Tecido de Outono", de António Alçada Baptista e, a 27, leu "Histórias que me Contaste Tu", de Manuel António Pina, seguindo-se "Imagias", de Ana Luísa Amaral, a 12 de novembro, e "Os Memoráveis", de Lídia Jorge, apresentado no passado dia 16.

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