"A Vida Sonhada das Boas Esposas", romance de Possidónio Cachapa, é um livro em que, conforme admitiu em entrevista, "há um bálsamo sobre os que sofrem, há um gesto de piedade". Aqui regressa pela voz de Fernanda Silva.
Tendo nascido e crescido em Évora, Possidónio Cachapa seguiu mais tarde para os Açores, aqui acumulando experiências que lhe serviriam para abordar a escrita do romance "O Mar por Cima" (2002). Este não fora o trabalho de estreia, mas sim "O Nylon da Minha Aldeia" (1997), novela que teria direito a adaptação cinematográfica em 2012, numa curta-metragem realizada pelo próprio Cachapa. Voltou a mudar de local de residência, passando a viver no estrangeiro (Suíça) e escreveu outro livro, "Materna Doçura" (1998), com o qual chegou mesmo a finalista do Prémio Saramago. No ano imediato escreve "Viagem ao Coração dos Pássaros" que terá versão revista em 2015. De 2001 é "Shalom", primeira incursão do autor no mundo do teatro e, após o já referido "O Mar por Cima", publica os contos de "Segura-te ao meu Peito em Chamas" (2004). Crónicas são o género da obra seguinte, publicada em 2005 sob o título "O Meu Querido Titanic". "Rio da Glória" é de 2007, tal como a publicação de um livro para crianças, "Quero ir à Praia". Professor no Departamento de Ciências e Artes dos Media na Universidade Lusófona, o escritor é também doutorando em Ciências da Comunicação naquela instituição.
Mas, como já se percebeu, nem só de escrever romances e contos se faz a vida de Possidónio Cachapa, uma vez que acumula essa tarefa com as de argumentista e realizador. Em 2009 realiza "Adeus à Brisa", um documentário dedicado à vida e trabalho de Urbano Tavares Rodrigues. Esse é também o ano de edição de "O Mundo Branco do Rapaz Coelho", antes da curta-metragem "O Nylon da Minha Aldeia" (2012) e de outra película, "Amélia", de 2013. Não perde de vista os projetos da escrita e regressa em 2016 com o romance "Eu Sou a Árvore". "A Vida Sonhada das Boas Esposas" foi publicado em 2019. Em entrevista à revista Máxima em março de 2020, o autor falou um pouco sobre o processo de o escrever: "Afastei-me do país, fui um tempo para a Indonésia. Tentei uma bolsa, mas não consegui. Depois, falei com o diretor da Faculdade, Manuel José Damásio, perguntei-lhe 'Queres um escritor que dê aulas?' e ele foi maravilhoso. Mostrou um espírito aberto, incomum, deu-me tempo para trabalhar o livro", contou.
De 2024 é "A Selva dentro de Casa".
Companhia das Letras
"Via-se como uma pessoa sem sorte em nada, muito longe do destino confortável desta amiga que tinha levado a enterrar um homem sem defeitos. Nem na morte dera trabalho. Um aperto no coração, um telefonema para o 112 e fora-se", lê-se no livro "A Vida Sonhada das Boas Esposas".
Fernanda Silva tem participação regular aqui no blog. Tudo começou com "O Universo num Grão de Areia", de Mia Couto, a 28 de abril de 2020, seguindo-se "A Vida Sonhada das Boas Esposas", de Possidónio Cachapa (11 de maio), "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo (8 de junho), "Bom Dia, Camaradas", de Ondjaki (27 de junho), "Quem me Dera Ser Onda", de Manuel Rui (5 de julho), e "O Sol e o Menino dos Pés Frios" (16 de julho), de Matilde Rosa Araújo. No dia 8 de outubro voltou com "O Tecido de Outono", de António Alçada Baptista e, a 27, leu "Histórias que me Contaste Tu", de Manuel António Pina, seguindo-se "Imagias", de Ana Luísa Amaral, a 12 de novembro, e "Os Memoráveis", de Lídia Jorge, apresentado no dia 16. A 23 de novembro, Fernanda Silva leu um trecho do livro "Do Grande e do Pequeno Amor", de Inês Pedrosa e Jorge Colombo. A 5 de dezembro apresentou "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen e a 28 do mesmo mês fez a última leitura de 2020: "Na Passagem de um Ano", de José Carlos Ary dos Santos.
A 10 de janeiro apresentou a sua primeira leitura de 2021 com "Cicatrizes de Mulher", de Sofia Branco, no dia 31 desse mês leu um trecho de "Mar me Quer", escrito por Mia Couto, e a 14 de fevereiro apresentou "Rodopio", de Mário Zambujal. A 28 de fevereiro foi a vez de ler um trecho do livro "A Instalação do Medo", de Rui Zink. A 8 de março, foi possível "ouvê-la" no Especial dedicado ao Dia Internacional da Mulher, lendo um excerto da história "As Facas de Nima", escrito por Sofia Branco e parte do livro "52 Histórias". A 13 de março apresentou "Abraço", de José Luís Peixoto. No dia 24, foi a vez de ler "Cadernos de Lanzarote", de José Saramago. A 27, a sua leitura de um excerto da obra "O Marinheiro", de Fernando Pessoa, integrou o Especial dedicado ao Dia Mundial do Teatro. A 28 de março leu um pouco do livro "Uma Viagem no Verde", de José Jorge Letria. Voltou a 10 de abril com a leitura de um trecho do livro "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco, que aqui já se recuperou. E, no feriado da Revolução dos Cravos, leu um pouco da obra "A Revolução das Letras", de Vergílio Alberto Vieira. No dia 29 de abril trouxe-nos de volta o trabalho literário de José Carlos Ary dos Santos e leu o poema "Mulher de Maio". A 14 de maio trouxe "A Desumanização", de Valter Hugo Mãe, que hoje aqui regressa. No dia 23 deixou um pouco do livro "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", de Teolinda Gersão. A 28 de maio apresentou "Nunca Outros Olhos seus Olhos Viram", de Ivo Machado. "Crónica de uma Travessia", de Luís Cardoso, foi o excerto apresentado a 3 de junho. "100 Histórias do meu Crescer", escrito por Alexandre Honrado, foi a escolha do dia 15. A 20 de junho, a proposta recaiu sobre uma parceria entre Manuel Jorge Marmelo e Ana Paula Tavares para o livro "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio". "Mulheres da Minha Alma", de Isabel Allende, a 15 de outubro, foi outra das leituras de Fernanda Silva aqui no blog. A 12 de novembro, leu um pouco da obra "Lôá Perdida no Paraíso", de Dulce Maria Cardoso. De 10 de dezembro é "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner, que já aqui regressou. Mia Couto e "O Caçador de Elefantes Invisíveis" surgiram a 7 de fevereiro de 2022 e voltam hoje. A 12 de março, a escolha de leitura de Fernanda Silva recaiu em "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre. No dia 31 registou-se o regresso da obra "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen.
A 3 de maio, a proposta de Fernanda Silva recaiu sobre "Afastar-se", de Luísa Costa Gomes. No dia 22, Manuel Jorge Marmelo e "A Última Curva do Caminho" foram objeto da sua atenção. A 22 de junho, "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe, foi a proposta. A 6 de agosto aqui se recuperou a sua leitura de "Imagias", de Ana Luísa Amaral, que já aqui regressou. No dia 20 foi o momento de reviver a proposta de "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo. E a 26 voltou "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre, assinalando a sua sessão de autógrafos na Feira do Livro do Porto e que, mais tarde, aqui voltou no Dia Mundial da Rádio. A 31 de agosto regressou a sua leitura do trabalho literário de Ana Luísa Amaral. De 8 de setembro é a leitura de um excerto de "Lôá Perdida no Paraíso", de Dulce Maria Cardoso. "Cadernos de Lanzarote", de José Saramago, ressurgiu no dia 30. A 4 de outubro voltou Teolinda Gersão e a leitura de um trecho da obra "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo". No dia 12, o regresso coube a uma obra de Lídia Jorge intitulada "Os Memoráveis". A 26 voltou "Afastar-se", de Luísa Costa Gomes. "O Sol e o Menino dos Pés Frios", de Matilde Rosa Araújo, regressou a 17 de novembro. De 4 de dezembro é a releitura de um pouco da obra "A Instalação do Medo", de Rui Zink, que já aqui voltou.
No dia 15 recuperei "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio", colaboração entre Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo. No dia 21 apresentou "O Suave Milagre", de Eça de Queiroz, inserido no livro "As Mais Belas Histórias de Natal". "100 Histórias do meu Crescer", de Alexandre Honrado, voltou no dia de Natal. A 18 de janeiro voltou a sua leitura da obra "As Mulheres e a Guerra Colonial", de Sofia Branco.
"O Caçador de Elefantes Invisíveis", de Mia Couto, que já aqui voltou, foi a proposta que regressou a 29 de janeiro."O Crime do Padre Amaro", de Eça de Queiroz, foi a proposta de 6 de fevereiro. Uma semana mais tarde, no Dia Mundial da Rádio, voltou "Breve História do Afeganistão de A a Z", de Ricardo Alexandre. A 24 de fevereiro trouxe "Pensageiro Frequente", de Mia Couto. No dia 7 de março voltou "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio", de Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo. "Ventos do Apocalipse ", de Paulina Chiziane, foi a sua proposta a 13 de março. A 21 desse mês, Dia Mundial da Poesia, leu "Uma Viagem no Verde", de José Jorge Letria. De 4 de abril é a sua leitura de "Estarei Ainda Muito Perto da Luz?", de Manuel António Pina. A 4 de maio regressou o poema "Mulher de Maio", de José Carlos Ary dos Santos. Voltou a leitura de um excerto da obra "A Instalação do Medo" a 20 de maio. "Lôá Perdida no Paraíso", de Dulce Maria Cardoso, regressou a 27 de maio. De dia 16 de junho é o regresso da obra "O Caçador de Elefantes Invisíveis", de Mia Couto. A 24 voltou "O Sol e o Menino dos Pés Frios", de Matilde Rosa Araújo.
"Do Grande e do Pequeno Amor", de Inês Pedrosa e Jorge Colombo, regressou a 7 de julho. De 22 de julho é o regresso da obra "Os Memoráveis", de Lídia Jorge. A 2 de agosto voltou "Uma Mentira Mil Vezes Repetida", de Manuel Jorge Marmelo. "Cadernos de Lanzarote" voltou a 15 de setembro. "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe, reapareceu a 21. A 14 de outubro voltou "Rodopio", de Mário Zambujal. De 10 de novembro é o regresso da obra "Os Memoráveis", de Lídia Jorge. No dia 26 aconteceu o regresso da obra "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner Andresen. A 13 de dezembro voltou "O Suave Milagre", de Eça de Queiroz. "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe, voltou a 13 de janeiro. A 25 foi o regresso de "Mar me Quer", de Mia Couto. Voltou a 22 de fevereiro a leitura de um trecho da obra "A Última Curva do Caminho", de Manuel Jorge Marmelo.
A 18 de março trouxe "Misericórdia", de Lídia Jorge. A 10 de abril voltou "O Sol e o Menino dos Pés Frios", de Matilde Rosa Araújo. De 10 de maio é o regresso da leitura de um trecho da obra "Do Grande e do Pequeno Amor", de Inês Pedrosa e Jorge Colombo. A 4 de junho voltou "Lôá Perdida no Paraíso", de Dulce Maria Cardoso. De 11 de junho é uma outra leitura da obra "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", de Teolinda Gersão. A 4 de julho voltou "O Crime do Padre Amaro", de Eça de Queiroz. "Pensageiro Frequente", de Mia Couto, voltou a 12 de julho. De 22 de julho é a leitura de "Fora de Mão", obra de Mário Zambujal. "O Suave Milagre", de Eça de Queiroz, voltou a 11 de agosto. A 8 de setembro voltou "O Filho de Mil Homens", de Valter Hugo Mãe. "Os Olhos do Homem que Chorava no Rio", de Ana Paula Tavares e Manuel Jorge Marmelo, regressou no dia 21. "O Cavaleiro da Dinamarca", de Sophia de Mello Breyner, voltou a 25 de setembro. De 10 de outubro é outra leitura de um excerto da obra "Paisagem com Mulher e Mar ao Fundo", de Teolinda Gersão. A 9 de novembro leu "Filho da PIDE", meu terceiro livro e segundo romance.
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