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Paulo Jorge Pereira

"Love Poem", de Louise Glück

Poeta e ensaísta, nasceu em Nova Iorque no ano de 1943, cresceu em Long Island e foi anunciada como Prémio Nobel da Literatura em 2020: chamava-se Louise Elisabeth Glück e recebeu diversos galardões pela sua obra. Morreu a 13 de outubro de 2023. Aqui se recupera "Love Poem", tal como foi lido em estreia há mais de três anos.



A sua escrita é caracterizada como particularmente sensível para temas como a solidão, o divórcio, a morte, mas também uma constante reconstrução de mistos greco-romanos. Nascida a 22 de abril de 1943, Louise Elisabeth Glück, filha do casal formado por Beatrice e Daniel, e neta de judeus húngaros que emigraram para os Estados Unidos para melhorar as condições de vida e foram donos de uma mercearia, estudaria no Sarah Lawrence College e na Universidade de Columbia. Sofreu de anorexia nervosa e foi submetida a tratamentos e terapia durante vários anos. Influenciada por professores como Léonie Adams e Stanley Kunitz, iria transformar-se numa ensaísta e poeta de qualidade invulgar, publicando o primeiro livro de poesia, "Firstborn", em 1968, já depois de se divorciar de Charles Hertz Jr., com quem se casara em 1967. Tornou-se companheira (e, a partir de 1977, foi casada) do escritor John Dranow, tendo sido mãe de um rapaz em 1973. Em 1980, um trágico incêndio destruiu-lhe a casa, levando-a a passar por uma fase delicada da sua vida. Mais tarde, já nos anos 90, acabaria por divorciar-se de Dranow.

A sua obra inclui livros como "The House on Marshland" (1975), "The Garden" (1976), "Descending Figure" (1980), "The Triumph of Achilles" (1985), "Ararat" (1990) ou "The Wild Iris" (1992), este distinguido com o Prémio Pulitzer. Mas também "Proofs and Theories: Essays on Poetry" (1994), "Meadowlands" (1996), "The First Five Books of Poems" (1997), "Vita Nova" (1999, premiado com o Bollingen Prize da Universidade de Yale), "The Seven Ages" (2001), "Averno" (2006), "A Village Life" (2009), a seleção de poesia "Poems 1962-2012" ou "Faithful and Virtuous Night" (2014), obra distinguida com o National Book Award, e ainda "American Originality" (2017).

Morreu a 13 de outubro de 2023, conforme divulgou o seu editor, Jonathan Galassi, da Farrar, Straus & Giroux.

A irmã mais velha de Glück morrera durante a infância, mas Tereze, a irmã mais nova, além de vice-presidente do Citibank, também se tornou uma autora de ficção distinguida com vários galardões.

Na história do Nobel da Literatura, Glück foi, em 2020, apenas a 16.ª mulher distinguida, seguindo-se Annie Ernaux (2022) e Han Kang (2024). Além destas autoras, a lista comporta os seguintes nomes: Selma Lagerlöf (1909); Grazia Deledda (1926); Sigrid Undset (1928); Pearl Buck (1938); Gabriela Mistral (1945); Nelly Sachs (1966); Nadine Gordimer (1991); Toni Morrison (1993); Wislawa Szymborska (1996); Elfriede Jelinek (2004); Doris Lessing (2007); Herta Müller (2009); Alice Munro (2013); Svetlana Alexievich (2015); Olga Tokarczuk (2018).


Relógio d'Água/Tradução de Ana Luísa Amaral


O poeta Robert Hass classifica Glück como "uma das mais conseguidas poetas líricas contemporâenas".

Glück vivia em Cambridge, no Estado do Massachussets, tendo passado por uma residência literária na Universidade de Yale.

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